Um dia, um pensador
indiano fez a seguinte pergunta a seus discípulos: "Por que as pessoas gritam
quando estão aborrecidas?" "Gritamos porque perdemos a calma"
disse um deles. "Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu
lado?" Questionou novamente o pensador.
"Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça", retrucou outro discípulo. E o mestre volta a perguntar: "Então não é possível falar-lhe em voz baixa?" Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador.
"Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça", retrucou outro discípulo. E o mestre volta a perguntar: "Então não é possível falar-lhe em voz baixa?" Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador.
Então ele esclareceu:
"Vocês sabem porque
se grita com uma pessoa quando se está aborrecido? O fato é que, quando duas
pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito. Para cobrir esta
distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente. Quanto mais aborrecidas
estiverem, mais forte terão que gritar para ouvir um ao outro, através da
grande distância.
Por outro lado, o que
sucede quando duas pessoas estão namoradas? Elas não gritam. Falam suavemente. E
por quê? Porque seus corações estão muito perto. A distância entre elas é
pequena. Às vezes estão tão próximos seus corações, que nem falam, somente
sussurram.
E quando o amor é
mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, e basta. Seus
corações se entendem. É isso que acontece quando duas pessoas que se amam
estão próximas."
Por fim, o pensador
conclui, dizendo:
Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta.
(David J. Murcott)
Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta.
(David J. Murcott)
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